10 de setembro - noite - conhecendo a casa da irmã e trazendo novidades

John parou o carro em frente ao edifício Mouffetard às 8 da noite, conforme havia combinado com a irmã. Gostava de ser pontual, mesmo que para isso levaria convidados um tanto quanto inusitados para visita-la. Olhou para o cachorrinho seguro no banco ao lado. Eles estavam se saindo belos compaheiros, mesmo em tão pouco tempo de convivencia. Flash era definiivamente um bom garoto, o que fazia John se questionar como alguém poderia tê-lo maltratado. è frente do banco onde o cãozinho se encontrava deitado educadamente estava uma sacola. John havia comprado uns petiscos para dividir com a irmã, uns petiscos para Flash e um dos melhores vinhos de sua adega para tomarem enquanto convesavam. Ele e Cord, pois Flash beberia água e olhe lá.

- Então parceiro, pronto para conhecer Cordélia? - fez um carinho na cabeça o cachorro e pegou na frente dele a sacola de papel. Na sacola tinham flores para a casa nova da irmã também, flores que Flash até tentara comer, mas foi obediente e parou disfançando assim que John chamu sua atenção. Foi impossível para John não se divertir ao ver a cara de inocente que o cãozinho fez fingindo que apenas estava cheirando as flores. - Você já sabe, né, que vai etr que se comportar.

John saiu do carro, sando a volta nele e abrindo a porta para Flash sair. Abraçado à sacola de papel com petiscos, vinhos e flores, segurou a coleira de Flash com a boca enquanto pegava uns jornais que levara consigo (caso o cachorro precisasse se aliviar) e colocava-os debaixo do braço, fechava a porta do carro e trancava armando o alarme.

Logo guardou as chaves no bolso e levou Flash sefurando sua coleira com a mão. Ao chegar à porta de Cordélia, tocou a campainha. Estava ao mesmo tempo nervoso e feliz e esperava sinseramente que Cordélia não se chateasse porque ele levou um cachorro consigo sem avisar.

A reação de Cordélia ao ver o cachorro foi a melhor possível! John estava preocupado da irmã não gostar do pequeno penetra e se sentiu aliviado quando ela convidou os dois pra entrar.

- Esse garoto esperto aqui é o Flash! - fez um carinho na cabeça do cachorro entregando para a irmã a savola de papel com as flores e o vinho. Já foi entrando na casa dela e olhando à voltan quando disse. - Trouxe flores para enfeitar seu novo lar. Sei como você gosta delas. - disse com um sorriso.- Apartamento muito bonito por sinal, a sua cara!

Ele ainda segurava os jornais do cachorrinho na mão e então falou.

- Tem algum lugar onde eu possa colocar o jornal no caso do Flash querer fazer xixi?

John esperou pelas instruções de Cordélia imaginando que o melhor lugar seria a área de serviço. Assim que acomodou o cachorrinho e soltou-o da coleira, ele disse para o bichinho que o olhou com o olhar mais inocente do mundo:

- Se comporta, ok? Como combinamos. - deu uma piscadinha pro cachorro e se virou pra irmã - Nossa, que cheiro bom! O que é isso que você cozinhou?

Mal tinha terminado de fazer a pergunta, seu celular soou o aviso de mensagem recebida. Era de Verônica. A garota que ele havia conhecido mais cedo e estava dividindo "a guarda" do cachorrinho. Ela queria saber se Flash estava bem. Então John, abriu a câmera e tirou uma foto daquela carinha que conquistava corações e escreveu a seguinte mensagem na legenda antes de enviar como resposta "John e eu estamos ótmos! Nos tornando bons amigos. Hoje saímos para jantar na casa da irmã de John. E você? Está bem? Quando vem me visitar?"

Rindo de maneira descontraída, ele enviou a mensagem olhando para a irmã de novo e dedicando sua atenção à ela.

- Me conta tudo Cor. Por onde se escondeu esses anos todos? Que aventuras teve?

John achou a casa de Cordélia adorável. O apartamento nõ era muito grande, assim como o de John na cidade, mas era aconchegante e refletia bem a personalidade de sua irmã. Os detalhes que faziam uma casa parecer o lar de uma pessoa estavam todos lá, e Cordélia pareceu feliz com o seu novo apartamento. John não pôde deixar de notar o esmero com que a irmã havia arrumado a casa e a mesa de jantar naquela noite apenas para recebê-lo. Ele sorriu ao ver os detalhes e a delicadeza com que tinha arrumado a mesa. E havia cozinhado também. Fazia séculos que não provava a comida da irmã, mas a lembrança e o cheiro que enchia o ambiente fez com que sua boca enchesse d'água.

John se sentou para começar a jantar com a irmã, e sem mais demoras ou enrolações, pediu que Cordélia contasse tudo o que havia acontecido com ela durante o tempo afastados. Ela ontou sobre conhecer outras culturas, sobre nunca ter arrumado moradia fixas, sobre ter viajado muito e conhecido todo tipo de gente e lugares.

John se recostou na cadeira, observando a irmã com a cabeça levemente inclinada quando disse sinceramente: - Fico feliz que tenha tido experiências tão enriquecedoras... que tenha feito grandes amigos. Me preocupava por você estar sozinha nesse mundo gigante... - John se culpava ainda, mas não queria mais aquele sentimento. Sentir-se culpado àquela altura dos fatos era contraproducente, decidiu. E assim se alegrou pela irmã ter vivido tanta coisa boa.


- Lamento que seus relacionamentos não tenham dado certo. - ele baixou a cabeça por uns instantes, mexendo na comida com o garfo ainda sem comer para logo depois olhar novamente para a irmã e continuar com sinceridade:- Sabe, irmã.. - ele se ajeitou na cadeira inclinando o corpo pra frente sem tirar os olhos de Cordélia - Durante todos esses anos o que eu fiz foi te procurar, pedir perdão, trazer você de volta. Me arrependi da nossa briga no minuto que você saiu por aquela porta. Me preocupei com o que teria acontecido com você, mas não desisti nenhum só dia de te procurar. Mesmo depois que comecei a trabalhar no instituto, toda e qualquer folga eu viajava atrás de pistas suas. Charlotte e Selene me ajudaram muito nisso. Saber que você viveu tanta coisa interessante e diferente me alegra e conforta de certa maneira. E posso ficar tranquilo agora, em paz. - John sorriu timidamente emocionado e seus olhos brilharam quando completou.- Estou certo de que.. certo de que a pessoa certa vai chegar na sua vida. E essa pessoa vai te amar por tudo que você é, como você merece ser amada. E nesse dia, minha irmã, eu estarei lá te apoiando, orgulhoso. - John deu os ombros e se voltou para a comida - Se por algum acaso algum safado magoar seu coração, pode contar comigo pra quebrar a cara dele. Mas só se vc quiser, claro.

Dando uma risadinha baixa, John deu a primeira garfada provando a lasanha. E foi como os sabores do tempero maravilhoso de Cordélia explodisse em sua boca.  - Uau! isso aqui tá mais gostoso do que me lembro. - disse meio de boca cheia.

Os irmãos conversaram tranquilamente durante o resto da noite, sobre amenidades, sobre o trabalho no instituto, sobre a vida. Compartilharam aventuras, conversaram, conversaram e conversaram noite a dentro. Até que John achou que era hora de levar um Flash adormecido para casa. Feliz, pois uma nova fase mais leve da vida estava começando, graças ao fabuloso senhor Destino.


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John foi para casa. Ação finalizada.